segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

O Pornô (24-06-08) 2:56

O pornô é a arte do corpo descompromissada,

Voltas por mundos vãos e prazeres disformes.

É o clímax do artista que não sabe que o é,

Quase um circo ou muito mais se tivesse enredo.

O pornô não é a atriz suando e gemendo,

Nem os closes em sua boceta,

Mas quem vês. Aquela que à noite desejas.

O pornô é sem amor e é genial,

É um suspiro a justificar o dia,

Quase um alento aos obcecados.

Arranca da memória aquelas imagens que tentamos recriar,

O pornô é o fim, é o fundo do poço.

É uma peneira entre a dignidade e o desconforto.

Um comentário:

Anônimo disse...

ahhh o fabuloso pornô, tão criticado em horas vãs, e tão necessário em horas vis. Grande é o poema, parabéns paulinho.