quarta-feira, 15 de junho de 2011

Poema complementar. Como traçar um andróide!

Andróides copulam; tentam multiplicar a apatia humana.
Servem-se dos restos de existência jogados sobre os relógios acelerados.
Põem-se inertes na presença da senhoria, indivíduos autômatos, sentimentos sintéticos.
Copulam nos intervalos, nas audiências de grandes processos.
Os ventiladores afagam suas ombreiras;
milhares de trodos: burocracias do amor.
A matemática do prazer carnal, do prazer despido, da súbita mudança de endereço.
Uma nova parceria. Um fluido sabor metano.

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